quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Trocaram o debate por um show de baixarias





" Aviso aos senhores candidatos que, se o debate continuar nesse pé, terei de suspender os direitos de resposta. Mesmo porque a a pergunta inicial era do internauta Joel, que, coitado, ficou sem resposta..."
Essa frase foi proferida pro Benny Cohen, durante o debate realizado pelos diários associados, ontem, dia 22 de outubro, no teatro Alterosa. O intuito da frase era acalmar os ânimos dos candidatos à prefeitura de BH, já que o evento se transformou em um palco de acusações, insultos e ironias. Tanto de uma parte, quanto de outra. A pergunta citada por Benny era sobre limpeza urbana e não foi totalmente respondida.
Assuntos como educação, trânsito, saúde, segurança e esportes vieram à tona. Mas sempre eram desviados para as acusações e ofensas, que acabou sendo o principal tema do debate.
Na platéia, estudantes de jornalismo assitiam à cena. Mesmo a pedidos dos realizadores do evento e do próprio Benny, (quanto a não manifestação de opiniões) o público utilizava de aplausos, risadas e vaias, principalmente quando jargões eram utilizados e quando palavras de ironia e insultos eram dirigidas aos candidatos.
O direito de resposta - que, de acordo com as regras do debate concedia um minuto de defesa ao candidato que fosse pessoalmente ofendido - foi concedido duas vezes. Um a cada candidato.
Um clima tenso e ao mesmo tempo dinâmico invadiram o teatro. Os candidatos saiam do púlpito e falavam diretamente para as câmeras e para as pessoas que ali estavam. Também ficavam andadando de um lado para o outro, tensos e visilvelmente nervosos.
Os assessores foram uma espécie de instrutores. A cada intervalo, corriam para o palco na tentativa de orientá-los sobre as próximas falas. Sorrisos, gestos, expressões eram visiveis entre candidatos e assessores.
Do lado de fora, militantes dos dois candidatos faziam uma "disputa" de som, barulho e bandeiras. Um verdadeiro caos.


Abaixo, algumas das falas mais polêmicas proferidas no debate :


"Todo o PT coerente está do meu lado" (Quintão)

"Ele já trocou de propostas três vezes!" (Lacerda)

"O nome dele foi citado sim no mensalão!" (Quintão)

"Você tem mais de 20 processos, seu pai tem mais de 200 e nem por isso useio-os contra você!" (Lacerda)

"Os processos são de adversários políticos e não do ministério público. Eu não tenho um processo aberto que visa a cassação de minha candidatura." (Quintão)

"Sou inocente e tenho aqui um documento que comprova minha fala" (Lacerda)

"Tiraram nossa propaganda (que, segundo ele cita o nome do Marcos Valério e Lacerda) do ar, isso é censura" (Quintão)

"Ele não é do bem!" (Lacerda)

" Assumi um compromisso... assumi um compromisso... assumi um compromisso... " (Quintão)

"Vamos conversar com os ógãos competentes... Vamos conversar com os ógãos competentes... Vamos conversar com os ógãos competentes..." (Lacerda)

"Participei de um debate ontem, na qual o outro candidato não compareceu.." (Lacerda)

"O candidato não tem moral para dizer que não participo de debates" (Quintão)

"O candidato ajudou a vetar uma lei que beneficiava portadores de necessidades especiais porque achou que os custos eram altos" (Lacerda)

"O candidato pode me explicar quais são as prerrogativas de um vereador? (...) Meu Deus do céu! O candidato demonstra total desconhecimento sobre o funcionamento de uma câmara legislativa!" (Quintão)
"Ele é um ator!" (Lacerda)
"Ele é meu dublê" (Quintão)



Opinião:

Meu voto é 12! Sinto vergonha pelos candidatos de BH.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Quintão e Lacerda, a novela continua.

Com a palavra, Sr. Leonardo Quintão: "Ele [Márcio Lacerda] foi preso comum, porque é assaltante, ele foi lá no comércio e deu coronhadas na cabeça de um moço. Preso político foi Lula. Isso não é preso político, é preso comum. Ele fez acordo com os militares para ter condicional. Preso político não fazia acordo com os militares"

Com a palavra, Sr. Márcio Lacerda: "Tem informações de que ele [Leonardo Quintão] tem um processo de abuso de poder econômico, eu não vi o processo, mas ouvi rumores de que um oficial de Justiça, chefe do cartório eleitoral de Ipatinga foi no comitê dele na eleição passada, de deputado, apreender material e foi violentamente agredido pelos funcionários do comitê. Então o que podemos esperar de pessoas que têm essa experiência?"

Com apalavra, a dona do Blog : Tá complicado votar em BH . . .

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

"Faz um jóia ai benhê!"

Enquanto um "faz um jóia" o outro chora de emoção.
Inversão de papéis? O que está acontecendo por aqui?
Alguém pode me explicar?
tsc...tsc...tsc...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Se sabemos ou não votar? NÃO!!


Esta é uma matéria de opinião escrita por Eduardo Jablonski/Professor, mestre em Letras (Ufrgs), para o portal
Gazeta do Sul. Achei interessante e resolvi postar em meu Blog também.


Se sabemos ou não votar

Não gosto de tentar influenciar ninguém em nenhuma situação, menos ainda em política. Não acho correto – nem ético – as pessoas procurarem convencer ou até obrigar os outros a votarem nos seus candidatos. Mas vou fazer reflexão a respeito da Teoria do Agendamento, que estudei quando cursava Comunicação Social na Unisinos. Falo em tese, não cito nomes de partidos, candidatos ou veículos de comunicação. Antes disso, lembro o filósofo brasileiro Otaviano Pereira, que certa vez perguntou: “Nós temos autonomia na vida pública?” Ou seja, nós votamos de forma consciente? Mais ainda: nós sabemos votar? Não vou responder a essas perguntas, mas, como disse, vou expor uma teoria.

No final do século XIX, um grande empresário norte-americano dos meios de comunicação disse que ninguém votava de forma consciente. As pessoas escolhiam quem ele, empresário, quisesse. Para isso, ele e seus intelectuais da comunicação trabalharam na Teoria do Agendamento, que consiste mais ou menos no seguinte: durante anos, os meios de comunicação (os desonestos, não todos, claro) fazem matérias ressaltando aspectos positivos de certos candidatos e partidos, e negativos de outros. Assim, no final de quatro anos, os eleitores, iludidos, achando que sabem o que estão fazendo, votam em quem os meios de comunicação desejaram quatro anos antes.

Na verdade, não sei se a teoria funciona. E sei menos ainda se já foi colocada em prática no Rio Grande do Sul. O que tenho certeza, mas pode ser apenas coincidência, é que, anos atrás, fiz assinatura de grande jornal gaúcho para constatar a possível veracidade da teoria. E notei o seguinte: todos os dias, durante sete meses (foi o tempo que agüentei fazendo a pesquisa diária), o referido grande jornal publicou três manchetes positivas a favor de um candidato, que viria a ser governador do Estado, e três manchetes negativas a respeito do seu principal adversário. Foi por essa época que surgiu o que hoje chamamos de anti, ou seja, pessoas que não simpatizam com nenhum partido, mas votam contra um deles, os anti.

Talvez seja apenas loucura da minha cabeça. Talvez nenhum jornal tenha feito matérias propositais contra ninguém e em benefício de ninguém. Talvez os fatos diários positivos sempre a favor de um e negativos sempre contra outro tenham realmente existido. E talvez o filósofo Otaviano Pereira seja outro louco igual a mim, pois as pessoas têm consciência e autonomia ao votar. E talvez você não devesse ter lido esse artigo.


Professor Eduardo, acho que não é coisa de sua cabeça não... Analise as eleições em BH e descubra que de louco não temos nada.


quarta-feira, 8 de outubro de 2008


"Tenho muito respeito pelo deputado Leonardo, amigo meu, mas o nosso compromisso político é com essa aliança e é com Márcio Lacerda. Isso vai ficar muito claro. Como eu achei até que já havia ficado durante o primeiro turno". "Só posso ter um candidato."
Essas foram as palavras proferidas pelo atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves em entrevista ao portal de notícias G1. Ele e Fernando Pimentel, - prefeito de Belo Horizonte - se uniram em uma "aliança democrática" para apoiar a candidatura de um até então desconhecido da população, o Sr. Márcio Lacerda.

Márcio Lacerda obteve uma ascenção absurda nas primeiras pesquisas eleitorais, e a 'expectativa' geral era de que fosse eleito já no primeiro turno, devido ao apoio que recebeu do governador e do prefeito de BH. Porém não esperava que seu principal adversário, Leonardo Quintão, utilizasse das mesmas táticas na campanha, ou seja, se apoiasse na "amizade" que possui com o governador, para conseguir recrutar votos.

Consequências: Final do primeiro turno - Márcio Lacerda 43% dos votos. Leonardo Quintão 41%.


Opinião:

"Mineiro é desconfiado e come pelas beiradas..." é a frase que se ouve desde muito tempo por essas bandas de cá. E ela está corretíssima.

As eleições mostraram que o povo não é bobo. Não fizeram a vontade dos poderosos.

Mas infelizmente não escolheram por opinião própria também... Foram manipulados pela mídia sentimentalista utilizada pelo outro candidato.

Quase nada foi resolvido. Candidatos ruins, sem coerência em seus discursos, com interesses desconhecidos e obscuros continuam disputando o poder em Belo Horizonte. Enfim, uma decepção!

Precisamos de candidatos melhores. Candidatos que tenham experiência e não que surjam do nada. Candidatos sinceros e não que forcem ser o que não são. E de parcerias que realmente visem o bem estar da população.

"Mas o nosso compromisso político é com essa aliança e é com Márcio Lacerda", e o compromisso com o povo governador? Esse não conta?

Se bem que agora não resta muita opção...

Mas e se o outro candidato for eleito ele não receberá o apoio do governo? Precisamos de política limpa em nossa cidade. Precisamos de intenções honestas. Quem sabe daqui a quatro anos né? Espero que seja antes disso. Até então, tudo continua nublado por aqui.









domingo, 5 de outubro de 2008

A sujeira das eleições

Difícil acreditar que em pleno século 21, cenas como esta ao lado sejam reais.
Em um tempo onde o aquecimento global assusta as pessoas. As mudanças climáticas, a poluição. Enfim, onde assuntos de interesses sociais são frequentemente debatidos no intuito de se conseguir soluções rápidas e eficazes para a nossa sobrevivência na Terra.
São as eleições! Essas eleições em que os candidatos, prometem ajudar "na busca pelo resgate e preservação do meio ambiente. No incentivo a reciclagem, no fim da poluição e na recuperação de rios e nascentes..."
Esboçam um discurso medíocre pautado em uma fala programada que todo "bom candidato" - que pretende se eleger - utiliza para adquirir mais votos.
Como eleitora e como cidadã, fiz questão de analisar os santinhos espalhados pelas ruas de meu bairro, para me certificar de que não votaria em nenhuma daquelas pessoas retratadas ali.

O que se busca é a melhoria de vida para a cidade e o país como um todo. Penso que votar em candidatos que infrigem as regras antes mesmo de serem eleitos é uma verdadeira contradição e falta de bom senso.
Será que esses candidatos, não se atentam para isso? São tão ignorantes ao ponto de não pereceberem que a intenção e o interesse deles ficam bem claros a partir do momento em que permitem que seus santinhos seja jogados por aí?
Por que não usam parte do dinheiro das campanhas para promover a limpeza da cidade e reaproveitar todos os papéis desperdiçados, após as eleições? Por que não pagam pessoas para retirarem toda a poluição visual que se apoderou da cidade como um câncer maligno!
Talvez seja porque essa " festa da democracia brasielira" não é nada mais nada menos do um simples reflexo de nossa política. Uma política suja, desonesta, desreipeitosa, imoral e corrupta.