quarta-feira, 8 de outubro de 2008


"Tenho muito respeito pelo deputado Leonardo, amigo meu, mas o nosso compromisso político é com essa aliança e é com Márcio Lacerda. Isso vai ficar muito claro. Como eu achei até que já havia ficado durante o primeiro turno". "Só posso ter um candidato."
Essas foram as palavras proferidas pelo atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves em entrevista ao portal de notícias G1. Ele e Fernando Pimentel, - prefeito de Belo Horizonte - se uniram em uma "aliança democrática" para apoiar a candidatura de um até então desconhecido da população, o Sr. Márcio Lacerda.

Márcio Lacerda obteve uma ascenção absurda nas primeiras pesquisas eleitorais, e a 'expectativa' geral era de que fosse eleito já no primeiro turno, devido ao apoio que recebeu do governador e do prefeito de BH. Porém não esperava que seu principal adversário, Leonardo Quintão, utilizasse das mesmas táticas na campanha, ou seja, se apoiasse na "amizade" que possui com o governador, para conseguir recrutar votos.

Consequências: Final do primeiro turno - Márcio Lacerda 43% dos votos. Leonardo Quintão 41%.


Opinião:

"Mineiro é desconfiado e come pelas beiradas..." é a frase que se ouve desde muito tempo por essas bandas de cá. E ela está corretíssima.

As eleições mostraram que o povo não é bobo. Não fizeram a vontade dos poderosos.

Mas infelizmente não escolheram por opinião própria também... Foram manipulados pela mídia sentimentalista utilizada pelo outro candidato.

Quase nada foi resolvido. Candidatos ruins, sem coerência em seus discursos, com interesses desconhecidos e obscuros continuam disputando o poder em Belo Horizonte. Enfim, uma decepção!

Precisamos de candidatos melhores. Candidatos que tenham experiência e não que surjam do nada. Candidatos sinceros e não que forcem ser o que não são. E de parcerias que realmente visem o bem estar da população.

"Mas o nosso compromisso político é com essa aliança e é com Márcio Lacerda", e o compromisso com o povo governador? Esse não conta?

Se bem que agora não resta muita opção...

Mas e se o outro candidato for eleito ele não receberá o apoio do governo? Precisamos de política limpa em nossa cidade. Precisamos de intenções honestas. Quem sabe daqui a quatro anos né? Espero que seja antes disso. Até então, tudo continua nublado por aqui.









4 comentários:

Gabi disse...

"Mas o nosso compromisso político é com essa aliança e é com Márcio Lacerda" justamente pq a "aliança" trata nada mais nada menos de colocar o Márcio em "seu devido lugar" depois de ter financiado a campanha de vários políticos. Levar o Pimentel ao cargo de Governador de Minas e o Aécio ao cargo de Presidente da República. Só não vê que não quer.

Anônimo disse...

Rute, fico feliz de ter encontrado esse site com estas críticas a política de nossa cidade PBH, alegro-me ao ver que existem outros interessados pela política. Tenho que discordar em alguns argumentos levantados por você. Não acho que BH esteja com candidatos fracos, pelo contrário, vejo em alguns nomes boas propostas, sinceridade e transparência, a era de políticos com máscaras acabou e Márcio Lacerda não percebeu, ele de longe foi o pior candidato da eleição, até nosso amigo PEPE do PCO teve mais integridade e transparência do que o candidato do PSB, Marcio em momento nenhum transpareceu sua personalidade aos eleitores, no momento em que eles haviam tirado uma imagem a respeito do Márcio, ele mesmo se negou, discorrendo a respeito de sua personalidade, pegou muito mal, e ao meu ver tirou sua credibilidade que já nao era grande, no debate da globo ficou ainda mais nítida como suas ações eram robóticas e programadas ao recusar a responder a críticas, já viu algum político no nosso amado Brasil nao responder a criticas? O eleitor vê isso com muita desconfiança. Olhamos agora para o segundo candidato no segundo turno, Leonardo Quintao, ele a todo instante se dispos a olhar no olho do eleitor e nao se deixou levar por nenhum teleprompter, e nem tao pouco gestos programados, ele passou confiança ao eleitor e se permitiu deixar o eleitor conhece-lo no seu íntimo, tenho certeza que o sotaque também não é forçado pq se fosse bastaria um único discurso fora da TV para descobrirmos. Voltando a questão dos candidatos acho também que Sergio Miranda foi uma ótima opção para BH, muito inteligente, sereno e clareza ao apresentar suas idéias, não o vi convergendo de opinião hora nenhuma. De Jô Moraes já nao digo o mesmo pq vejo nela os mesmos traços que viram no LULA no início de sua carreira, uma pessoa totalmente impusiva e sem visão estratégica, embora algumas propostas foram boas.Agradeço ao espaço e fico feliz em ver que não somos como eleitores nulos, mas que se expressam e deixam claro qual candidato apoiam. Agradeço ao espaço.

Rute Faria disse...

Gabi. ISto também está bastante claro pra mim. Como vc mesma disse, só não vê quem não quer.

Matheus, agradeço pelos elogios. Gostaria só de "replicar" algumas questões.

A primeira se trata do mineirês de Leonardo Quintão - eu mesma, como eleitora percebi essa mudança no modo de falar. Se observar os primeiros vídeos que ele gravou nas eleições, perceberá que os sotaque não é tão forte quanto nos últimos.

Quanto ao fato de não não ter candidatos bons,me referia ao segundo turno. Eu, particularmente votei no Sérgio Miranda, porque baixei o programa de propostas dele, e gostei muito do que vi. Mas infelizemnete, lhe falataram algumas coisas como: recusos de campanha e boa divulgação de suas propostas (na minha opinião).

Quanto a Jô eu particularmente nunca fui muito com cara dela não. Nada pessoal, mas "politicamente falando" não vejo qualidades em uma futura prefeita que só sabe criticar o trabalho alheio. E ser radical... (que o diga a Vanessa!).

Mas enfim, essa é apenas minha opinião. Fico muito feliz quando vejos comentários assim, tão construtivos no meu blog. Novas idéias sempre são bem vindas!

Agradeço a participação de vcs! Voltem sempre.

Anônimo disse...

Minha tréplica, heheheh...

Bem conheço o Leonardo intimamente, o mais provavel que tenha acontecido foi que o primeiro marketeiro dele tirou o sotaque alegando motivos quaisquer. Mas assim que entrou a nova marqueteira, creio que a primeira ação foi: `Leonardo, nada disso, o seu sotaque é esse, e assim nós vamos pra propaganda.`