
Em algum momento o texto relata que "o Digg se curvou à democracia". Porém, cabe a cada um de nós analisar até que ponto a situação foi realmente um "democracia" e até onde isso pode chegar.
Crônica de uma revolução: Digg se curva às massas
Daniel Bramatti
Uma revolução virtual ocorrida neste 1º de maio já tem lugar garantido na história da liberdade de expressão na internet. O Digg, site de notícias cujo combustível principal é a chamada "sabedoria das massas", se transformou em alvo da ira das massas - e teve de se render a ela - ao tentar evitar a publicação de uma informação.
Antes de mais nada, uma pequena introdução. Espécie de símbolo da chamada web participativa, o Digg é inteiramente editado por sua comunidade de usuários registrados - que reúne nada menos que 1 milhão de pessoas. Funciona assim: um leitor encontra ou escreve algo interessante e publica no site. O texto entra em uma "fila" de notícias, onde passa pelo crivo de milhares de olhos e vai galgando lugares à medida em que recebe votos. A "primeira página" do site é a ponta desse funil virtual, à qual só chegam os itens considerados mais relevantes pela comunidade. Nada mais democrático, certo?
Pois todo esse sistema foi colocado em xeque quando um usuário publicou um texto com o título "Espalhe este número. Agora." O número em questão é um código, descoberto por algum hacker, que permite a quebra do sistema de criptografia do HD-DVD, novo formato de mídia que tenta se firmar como o sucessor do DVD. O sistema antipirataria do HD-DVD impede que ele seja copiado ou tocado por computadores que usam o sistema operacional Linux. Ou melhor, impedia, até que o código começasse a circular pela internet.
Em pânico, os fabricantes procuraram impedir a disseminação dos polêmicos números. Vários sites receberam notificações sobre possíveis processos judiciais em caso de divulgação. O Digg foi um deles.
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