segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Paulo Henrique Amorim, Piauí e a PIG

Há pouco tempo assinei as revista Piauí que me foi indicada por um ex- professor e por um colega de faculdade, como já até citei em meu blog pessoal. Confesso que gostei muito do modo como as matérias são escritas. Também gostei dos assuntos da revista.

Mas, como não costumo ficar só rasgando elogios para as coisas que gosto - ao contrário, procuro pesquisar mais sobre o veículo para chegar a uma conclusão final, ou pelo menos um conhecimento que me dê um álibi para criticar ou não - cheguei ao site do Paulo Henrique Amorim, o “Conversa Afiada”.
Lá encontrei duras críticas a ‘entrevista’ que o presidente Lula concedeu ao Sr. Mário Sérgio Conti, na edição de janeiro. Conti, segundo o próprio PHA, dirigiu a Veja, foi da Folha e agora dirige a Piauí. Para PHA Conti é uma estrela de primeira grandeza do PIG (Partido da Imprensa Golpista).



Fiquei chocada. Não pelas críticas de PHA, nem pela matéria que lí por inteiro na Piauí – mesmo achando a matéria "enrolativa" demais, pois o presidente Lula só aparece no final – mas fiquei assustada ao ler a entrevista, na íntegra , no próprio site do governo.

A falta de ‘inteligência' de Conti ao fazer perguntas como: “O senhor se sente solitário no fim de semana?” me deixou indignada. Assim como a sua falta de ética ao fazer perguntas tendenciosas com 'respostas prontas' - “Mas a minha impressão é de que o senhor não gosta muito de jornalista, no que faz muito bem, mas é uma coisa... O senhor gosta... de economista o senhor gosta?” – sinceramente, dá vergonha ao ler isso.

De tudo, consegui tirar quatro lições:

1 – Nem tudo é o que parece;

2- Como não se deve fazer perguntas;

3 - Seguindo o conselho de PHA: quando tiver uma oportunidade de entrevistar o presidente, faça o papel da imprensa, pergunte o que o povo quer saber - como a crise econômica por exemplo - e não tente atingir simplesmente os seus próprios interesses - ou o de seus ‘amigos’.

4 - E aprendi que ainda assim é possível tirar coisas boas do ‘lixo’. Quem editou essa entrevista, por exemplo, teve ‘ a manha’.

A Piauí pode até ser tendenciosa, mas admito que tenho aprendido muito com suas matérias. O importante é ter uma espécie de ‘filtro’ para tentar extrair as coisas boas... E criticar as ruins, duramente, até que o jornalismo verdadeiro seja o foco dos veículos de comunicação.

Quem sabe um dia?

2 comentários:

Anônimo disse...

nóssa [com acento mesmo]

dá pano pra manga isso tudo.

Mas, antes de dizer algo, vou procurar o 'trailler' da piauí.

linha editorial da revista!

pela passada rápida que dei, ningúem se ateve a isso.

já já coloco um post lá no meu blog porque o assunto rende.

abraço.

Giovanni Ramos disse...

Eu gostei da entrevista. Poucos veículos se ousaram a perguntar para o presidente o que ele acha da imprensa. A cagada da Piauí foi excluir a parte do Mino Carta na edição!