terça-feira, 18 de março de 2008

Entenda a crise imobiliária nos EUA

A crise Imobiliária nos EUA e o “medo”.

Já faz mais de um ano e a crise dos EUA, (também conhecida como a crise do Subprime) vem se tornando cada vez mais próxima de nós e mais freqüente nos noticiários brasileiros. Isso assusta não só o brasileiros, mas causa um reflexo mundial, devido às conseqüências econômicas que essa crise pode proporcionar aos demais países.
O que é o subprime?

Subprime é um investimento que apesar de ser considerado “de risco” atrai (ou pelo menos atraía) grandes investidores no mercado econômico. Isso acontece devido aos juros altos e aos lucros que o subprime pode proporcionar aos seus investidores. Esse investimento é destinado a fatias de baixa renda da população para compra de imóveis, e o que se tem como “garantia” caso o pagamento não ocorra, é a hipoteca da casa em questão. A credibilidade destinada ao subprime foi alta, os valores investidos estrondosos. No entanto, desde o ano passado o crescimento da inadimplência nesse setor, tem preocupado o mercado financeiro, causando grandes prejuízos. Os títulos de subprime passam a ser considerados como títulos de grande risco, comprometendo assim a venda destes. Isso interfere grandemente na economia dos Estados Unidos, pois especulações a respeito da inadimplência no setor deixam o mercado receoso para investir, promovendo assim à queda financeira no país. Além disso, o “medo de investir” também ocorre por que não se sabe ao certo quais os bancos e os fundos de investimento que possuem títulos de subprime, e nem em que quantidade. Isso faz com que a credibilidade tanto de bancos como de fundos de investimento dos EUA, fique comprometida, promovendo a chamada “Crise de Liquidez”.


E o Brasil, como fica nessa história?


Que os Estados Unidos são uma grande potência econômica mundial, todos nós sabemos. É sabido também que uma crise pode afetar toda a população mundial, (que diga a crise de 29!). No entanto, o clima que rege o Brasil diante da crise dos EUA é de tranqüilidade e segurança. Em entrevista ao
Estado de São Paulo, o ministro da Fazendo, Guido Mantega afirmou que a crise não afetará a economia brasileira: “O Brasil está numa posição muito conveniente. Depois da turbulência, será possível ver quem é mais ou menos seguro, e o Brasil aparece entre os mais seguros”, afirmou o ministro. “Converso todos os dias com o Meirelles (o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles). Não há pessoas querendo vender títulos brasileiros.”

Lula também afirmou que não há o que temer, e mais uma vez utilizou de suas “parábolas” para explicar essa segurança: “A gente não fica dependente do dono do engenho, pois fizemos parceria com várias bodegas por aí afora", afirmou o Presidente, se referindo à ampliação dos parceiros de comércio exterior do país.

Opinião
Quem sou eu pra falar de economia? Bem, realmente não sou especialista no assunto, mas tenho acompanhado essa crise desde o começo. Lembro-me que no semestre passado, essa mesma crise foi motivo de um questionamento que fiz ao professor de economia, que me explicou com detalhes as causas e as possíveis conseqüências. Que a crise pode atingir nosso país é fato, mas é fato também que nunca a nossa economia esteve tão bem quanto agora. Acredito piamente nas palavras do Ministro Guido, e no presidente Lula. Não acredito que sairemos ilesos, mas com certeza sairemos bem mais fortes do que sairíamos se compararmos a situação econômica do Brasil há alguns anos atrás. Um texto jornalístico não deve ser partidarista, mas deve ser coerente. E os números, os índices, e a atual situação econômica do nosso país me servem como base para escrever minha opinião com segurança.



Abaixo uma ilustração divulgada pela Folha On-line, que resume um pouco do que é a crise.









Fontes consultadas para construção dessa matéria:

Estadão


Folha On Line


Ministérios das Relações Exteriores


Diário Econômico (Portugal)


Último segundo


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Um comentário:

Luana Borges disse...

A queda dos jardins da Babilônia...
Em primeiro lugar, eu gostaria de falar o quanto eu gosto dessas tão discutíveis "parábolas" do Lula. Acho que ele por ter origem popular, gosta de falar de um jeito que o povo vai entender. Não que ele tenha mantido o mesmo discurso desde quando era operário. Mas, pelo menos ele tem consideração com suas origens. Mas depois a gente fala do "não me venha tirar a energia do povo", que foi outra frase fantástica, quase tão fantástica qnt esta “A gente não fica dependente do dono do engenho, pois fizemos parceria com várias bodegas por aí afora". Realmente os EUA têm sim o que temer, pois está assistindo sua própria economia "descer pelo buraco", isso, claro, tem várias causas e várias consequencias. Mas o fato não é lá, mas aqui. O fato é que, por mais que a queda norteamericana seja iminente, óbiviu, um dia ou outro isso vai acabar acontecendo pois tudo que sobe tem que descer. Mas, a pergunta é: o que nós temos a ver com isso? Bom, pra responder essa pergunta temos que voltar lá no 11 de setembro. Mas o que o 11 de setebro tem a ver com isso? Tudo, quando o terrorismo derrubou o símbolo do capitalismo (WTC) e instalou o medo nos EUA, o país começou a enfrentar crises, que não foi apenas aérea, bélica, ou política. Depois de 11 de setembro de 2001, começou a vigorar (em uma escala muito grande) um negócio chamado xenofobia (preconceito a estrangeiros), então, os EUA que se sustentava de mão de obra barata e latina. E isso foi meio uma autofagia, sobretudo para o setor de construção, que é o que movimenta o mercado himobiliário.

Agora, as conseqüencias disso para o Brasil são outros 500. De fato, e isso é inegável, a economia norteamericana ainda é a mais importante do mundo. Mas... e o mas aí é bem grande mesmo. O Brasil pode tranquilamente passar por ela sem submeter o povo a uma recessão... e digam o que disserem da "parábola" do Lula, tem que dar o braço a torcer pois ele está certíssimo.

PS: Parabens Rutinha... seus textos tão cada vz melhores